
"Como no terceiro ano de vosso reinado do ano de Nosso Senhor de mil quatrocentos e noventa e oito, donde nos vossa Alteza mandou descobrir a parte ocidental, passando além a grandeza do mar Oceano, onde é achada e navegada uma tam grande terra firme, com muitas e grandes ilhas adjacentes a ela e é grandemente povoada. Tanto se dilata sua grandeza e corre com muita longura, que de uma arte nem da outra não foi visto nem sabido o fim e cabo dela. É achado nela muito e fino brasil com outras muitas cousas de que os navios nestes Reinos vem grandemente povoados."
Parece que Pacheco Pereira chegou ao Brasil por altura de Marinhão/Pará, tendo estado na Ilha do Marajó e na foz do Amazonas. No seu regresso toda esta história foi mantida secreta pois julgava-se que as terras alcançadas eram, de acordo com Tordesilhas, pertença dos espanhóis.
Pacheco, que mereceu uma referência de Camões nos Lusíadas, Canto X, onde é chamado "o grão Pacheco, o Aquiles lusitano", não teve um final brilhante. Já com D. João III a reinar foi preso, acusado de contrabandear ouro de África, e embora ilibado morreu em 1533, pobre e abandonado. O seu manuscrito apenas foi redescoberto em 1892.
Pacheco, que mereceu uma referência de Camões nos Lusíadas, Canto X, onde é chamado "o grão Pacheco, o Aquiles lusitano", não teve um final brilhante. Já com D. João III a reinar foi preso, acusado de contrabandear ouro de África, e embora ilibado morreu em 1533, pobre e abandonado. O seu manuscrito apenas foi redescoberto em 1892.
Mas a "descoberta" do Brasil não acaba aqui ... a primeira carta geográfica onde, sem qualquer dúvida, ele foi assinalado é o Planisfério de Cantino, já de si uma cópia de documentos portugueses anteriores, que apareceu em 1502. A perfeição deste mapa que hoje se encontra na biblioteca de Modena, em Itália, é extraordinária (ver imagem seguinte) e a sua história levanta outras questões que serão objecto de um próximo"post".