29 julho 2007

Portugal dos pequenitos

Embora não seja um simpatizante incondicional deste senhor, colunista do Expresso, gostei muito da sua última crónica (28 Julho), intitulada "PORTUGAL DOS PEQUENITOS" e referente ao episódio da apresentação governamental da escola do futuro e respectivo aluguer de criancinhas para o efeito. Permito-me destacar este bocadinho:
" Aliás não é de excluir que esta experiência pedagógica inaugure um novo caminho para a educação nacional, que todos os anos dá sinais de afocinhar na miséria. Se o problema do sistema está na desmotivação dos docentes e na indisciplina e ignorância dos alunos, talvez não seja má ideia removê-los do espaço e contratar actores de telenovela capazes de desempenhar o papel. Uma atitude ousada, capaz de retocar a nossa imagem internacional e que pode ser aplicada a outras áreas de interesse pátrio. Um governo de fantasia merece um país ao seu nível. E só um Portugal sem portugueses estará à altura de um governo sem governantes."

22 julho 2007

Pedro IV ou Maximiliano?

Esta dúvida surge na sequência do comentário (do 403 d'62) ao meu "post" de 12 de Julho sobre o Rossio. Afinal, a estátua no topo do monumento (inaugurado em 1870) que ocupa o centro da praça representa o nosso D.Pedro IV ou Maximiliano do México?

Se é natural que a figura de D. Pedro IV, rei de Portugal e primeiro imperador do Brasil, seja relativamente bem conhecida, o mesmo não se passa com Maximiliano de Hasburgo, irmão do célebre imperador austríaco Francisco José (o da Sissi), que se tornou imperador do México em 1863 por influência de Napoleão III de França. A coisa não correu muito bem pois quatro anos depois foi fuzilado.


Maximiliano I do México

A "estória" que se conta é que quando a notícia da morte de Maximiliano chegou à Europa, estava em Lisboa o navio que levava a estátua do senhor para o México e, vai daí, resolveram os mais expeditos aproveitar a dita, baratinha, e colocá-la no Rossio, chamando-lhe D. Pedro IV. Tentei encontrar qualquer coisa que confirmasse a "lenda" ... mas não consegui. As referências mais sérias ainda são de José Cardoso Pires no seu livro Lisboa-Livro de Bordo e as do blogue "baixapombalina" onde se diz, inclusivamente, que a Revista História também tratou deste assunto. Eça de Queiroz, no seu contundente estilo, escreve que o rei "está no alto de uma coluna, esguia, polida e branca como uma vela de estearina" e nunca aponta o que quer que seja a respeito da troca, o que julgo seria inevitável caso ela tivesse existido. Julgo portanto que o D. Pedro é mesmo o D. Pedro, pelo menos até alguém me indicar uma qualquer "prova" do contrário. É pena, porque a "estória" era curiosa ... mas, até ver, não é mais do que isso, uma "estória".

15 julho 2007

Patético

No rescaldo das eleições em Lisboa, na noite da mais que morna vitória dos socialistas e na sede do partido vencedor, por volta das 2030. Na TV vê-se uma série de cidadãos de idade avançada (por volta dos 70 anos) com bandeirinhas do PS. Perguntados ao que vinham diziam não saber. "Disseram-nos para vir e viemos". E de onde vinham? De Cabeceiras de Basto, de Alfornelos, de Teixoso, de Famalicão, do Alandroal, etc, etc. De facto, com cerca de 63% (!) de abstenção em Lisboa, foi necessário ir à procura de apoiantes por outros lados. Simplesmente patético!!!

12 julho 2007

Postal de Lisboa - O Rossio

O Rossio de Lisboa é o grande centro da cidade há mais de 500 anos. A imagem acima, de uma gravura do séc XVI, já mostra a importância da praça (ao centro), podendo reconhecer-se o Convento do Carmo (no topo da colina, à esquerda). No lado oriental vê-se o enorme edifício onde estava instalado o Hospital de Todos os Santos (1504) e a norte, no canto esquerdo, era o Palácio dos Estaús (1450) que foi sede da Inquisição e sobreviveu ao terramoto de 1755 para ser pasto das chamas em 1836. O lugar do palácio é actualmente ocupado pelo Teatro Nacional D. Maria II, inaugurado em 1846.

(Para ampliar, "clicar" na fotografia)

Hoje, o Rossio dá pelo nome de Praça D. Pedro IV. Este senhor, de seu nome completo Pedro de Alcântara Francisco António João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon, viveu de 1798 a 1834. Foi rei de Portugal e primeiro Imperador do Brasil.

10 julho 2007

Chegada ...

... à Marina de Cascais, após uma disputadíssima regata de "Lasers" durante os Mundiais de vela.

(Para ampliar, "clicar" na fotografia)

05 julho 2007

Mundiais de vela em Cascais

Como as regatas se disputam bem longe da costa, a oportunidade para o comum dos mortais ver alguma coisa dos Mundiais resume-se aos preparativos, saídas para as provas e chegadas das mesmas.


Alguns preparativos, com um pouco mais de animação do que no "post" anterior.

E a chegada tranquila de uma tripulação croata.

(Para ampliar, "clicar" nas fotografias)