13 janeiro 2006

D. Sebastião

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A célebre estátua (autoria de João Cutileiro) do desgraçado rei moço, "maravilha fatal da nossa idade!", em Lagos.
(sob o olhar atento do pai da Pátria)



Não querendo embarcar nem contribuir, de ânimo leve, para o coro de protestos e para o clima de descrença, desânimo e pessimismo que se tem vindo a instalar no nosso país, é curioso reler o que Oliveira Martins, na sua História de Portugal, tinha a dizer sobre este rei e a sua época:
" ... De tal modo começava o reinado de D. Sebastião, que no ano anterior(1568) tomara posse do governo. Nesse próprio ano se reduzira a um terço o valor da moeda de cobre - o patacão a três reis, as moedas a real e meio e um real. Era uma medida cruel, mas indispensável, porque o inglês, que levara toda a prata e todo o ouro, mandava para cá, nas barricas de farinha e nas pipas de pregos, o cobre fraco, português, cunhado por ele. O dinheiro da Índia tinha passado por Portugal como trigo por uma ciranda: fora-se o grão, ficavam o joio e o lixo da eira. Os figurões, sabendo de véspera a lei, pagaram tudo; e o pobre povo, pasmado, achou-se com dois terços de menos. Enforcou-se muita gente ao ver-se perdida. ... Portugal era uma nação de loucos perdidos, e no moço rei encarnara toda a loucura do povo."

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