09 janeiro 2007

"Luz do Sameiro"


Mais uma vez o drama bateu à porta dos nossos pescadores e a opinião pública é fustigada com posições emotivas e, por vezes, confusas, que não contribuem em nada para uma clara compreensão do triste acontecimento, o naufrágio da "Luz do Sameiro". Não é o caso do artigo publicado hoje no "Jornal Defesa e Relações Internacionais" e no "Público", da autoria de Alexandre Reis Rodrigues, e que, quanto a mim, é uma muito boa achega para que, principalmente os menos familiarizados com estes assuntos, possam perceber os factores envolventes e as causas da tragédia. O artigo termina assim:

"Os armadores vão, com certeza, olhar de outra forma para a maneira como as suas embarcações operam, onde o fazem e como estão equipadas com meios de segurança. Finalmente, os pescadores, quer a nível individual, quer no âmbito das suas organizações, porque são profissionais sérios, não deixarão também de tirar as suas ilações; logo à partida, começando por reconhecer que o problema da segurança no mar não se compagina com a postura tradicional dos portugueses em confiar sobretudo na sua sorte e que os imponderáveis do trabalho no mar exigem uma atitude devidamente precavida. Irão, no seu próprio interesse, assumir que eles próprios é que têm que ser fiscais das normas de segurança estabelecidas porque, no mar, não pode haver, como há nas estradas, quem possa controlar a todo o tempo se estão ou não a “usar cinto de segurança”, pelo menos em situações críticas, como é o caso de navegar à noite junto da rebentação, com redes na água."

O texto completo pode ser lido aqui.

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