As pessoas são, em qualquer organização, uma fundamental riqueza. Julgo que não se torna necessário rebuscar os mais recentes compêndios da arte de bem gerir para aceitar esta verdade. É óbvio que ter gente capaz, devidamente qualificada, motivada e com espírito de equipa quase que garante, por si só, um bom desempenho … e não me refiro, apenas, a qualidades técnicas e saber profissional. Uma organização de sucesso tem que saber fomentar e gerir valores éticos e culturais sob pena de sabotar a necessária melhoria contínua dos seus processos de funcionamento e não tirar partido do seu capital humano. As organizações não são entidades autónomas e etéreas com vida própria, as organizações têm história e tradição mas são as pessoas, desde a gestão de topo aos níveis mais básicos, que, fundamentalmente, as caracterizam e lhes dão vida.
Vem isto a propósito de uma situação que pude observar à distância (obviamente sem qualquer interferência) e que me incomodou sobremaneira. Muito sucintamente: aqui há uns anos uma jovem algarvia, longe de Lisboa e da margem sul do Tejo, licenciada, resolve juntar-se à Marinha (TSN RC). Abraça a sua nova carreira com determinação e entusiasmo, desenvolvendo a sua actividade com profissionalismo, competência e vontade de bem-fazer. Às tantas a sua chefia directa é ocupada por uma personalidade (uma jovem também) que se viria a revelar mal preparada para as funções que exercia e dona de atitudes e comportamentos que eu classificaria de, pelo menos, inadequados. Sem controlo ou supervisão correctora por parte das chefias intermédias (por ser uma área menos importante/nobre?), a convivência deteriora-se e surgem situações pouco claras e delicadas. Entretanto acontece um concurso para os QP. A jovem algarvia, que aprendeu a gostar da instituição, tenta o ingresso. De acordo com critérios mensuráveis alcança uma posição cimeira mas tendo em conta a componente subjectiva, indicada pela chefia directa, é relegada para a última posição da sua especialidade. Pode-se calcular o desapontamento e a frustração da jovem que se viu “obrigada” a procurar outro caminho e a abandonar, com pena, a Marinha. Com o seu Mestrado em fase de conclusão, é rapidamente contratada por uma Universidade em Inglaterra onde exerce actualmente a sua especialidade com sucesso e reconhecimento.
Vem isto a propósito de uma situação que pude observar à distância (obviamente sem qualquer interferência) e que me incomodou sobremaneira. Muito sucintamente: aqui há uns anos uma jovem algarvia, longe de Lisboa e da margem sul do Tejo, licenciada, resolve juntar-se à Marinha (TSN RC). Abraça a sua nova carreira com determinação e entusiasmo, desenvolvendo a sua actividade com profissionalismo, competência e vontade de bem-fazer. Às tantas a sua chefia directa é ocupada por uma personalidade (uma jovem também) que se viria a revelar mal preparada para as funções que exercia e dona de atitudes e comportamentos que eu classificaria de, pelo menos, inadequados. Sem controlo ou supervisão correctora por parte das chefias intermédias (por ser uma área menos importante/nobre?), a convivência deteriora-se e surgem situações pouco claras e delicadas. Entretanto acontece um concurso para os QP. A jovem algarvia, que aprendeu a gostar da instituição, tenta o ingresso. De acordo com critérios mensuráveis alcança uma posição cimeira mas tendo em conta a componente subjectiva, indicada pela chefia directa, é relegada para a última posição da sua especialidade. Pode-se calcular o desapontamento e a frustração da jovem que se viu “obrigada” a procurar outro caminho e a abandonar, com pena, a Marinha. Com o seu Mestrado em fase de conclusão, é rapidamente contratada por uma Universidade em Inglaterra onde exerce actualmente a sua especialidade com sucesso e reconhecimento.
Como disse antes, o bom funcionamento de uma organização exige padrões elevados no comportamento do seu pessoal. Esta situação incomodou-me … fez-me impressão ver a correcção, a dedicação plena e a boa-vontade serem “punidas”. Não me parece que a Marinha tivesse ganho o que quer que fosse com o que se passou e só espero que tudo isto não tenha sido mais do que uma infeliz excepção.
3 comentários:
Aqui escrevo: Devias ter interferido!!!!!!!!!
Pois é ... mas a jovem em questão era contrária a "intervenções" exteriores.
NEVER THE LESS ....
Pôr uma coisa no são não é considerado intervenções !!!
Não se pode confundir intervenções/cunhas/patadas com justiça, pôr no são, clarificar, tornar o ar respiravel...
S. m. n. f., lastimo...
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