19 setembro 2024

Fogos


 Mais um ano com o flagelo dos incêndios que voltam a provocar dramas profundos nas pessoas e perdas terríveis em bens. Verdadeiras tragédias que se repetem anualmente sem que se saiba, ou consiga, atenuar as desgraças que caem sobre as populações atingidas. Mas ver na televisão, todos os dias e a todas as horas, as chamas e as suas terríveis consequências com a aflição e o pânico instalados não me parece ser o bom caminho a seguir. Li, recentemente, um artigo de um jornalista do Público (António Marujo), intitulado "Um pedido às televisões: parem de ser incendiárias", com o qual concordo plenamente. Diz ele "... mas o que se passa na informação televisiva, cada vez que há grandes incêndios, é de uma grave irresponsabilidade social: há estudos que mostram o efeito mimético que tem, junto de algumas pessoas perturbadas, o ver chamas na televisão. " E finaliza assim "O que não precisamos mesmo é de ver chamas. Nem de dias inteiros de noticiários monotemáticos. Caso contrário, estaremos, com isso, enquanto jornalistas, a ajudar a incendiar o país. Um pedido às televisões: parem de ser incendiárias!"

Acho que devíamos ter mais vozes a falar sobre este tema!

2 comentários:

Anónimo disse...

Concordo com os aspectos referidos no texto, sobretudo com o comentário relativo às televisões, que se transformaram em instrumentos de propaganda das causas pouco nobres que lhes interessam.

A.R.Costa disse...

As televisões são o novo "ópio do povo", mostrando o "espectáculo" do fogo e promovendo os "operacionais" que pouco apagam. Antigamente, a televisáo era a "caixa que mudou o mundo", mas agora está a tornar-se na "caixa que destabiliza ou destrói o mundo", através das suas práticas desinformativas.