D. José de Mascarenhas, duque de Aveiro, foi um dos executados, talvez o principal. Habitava um palácio que foi completamente destruído, tendo os terrenos sido salgados para que "nem as ervas daninhas pudessem aí voltar a crescer". Logo nesse ano foi mandado erigir nesse local um Padrão que se pode ver, com alguma dificuldade pois está razoavelmente escondido e maltratado (embora a dois passos dos actuais "pastéis de Belém"), no Beco do Chão Salgado.
Na base do monumento, o Padrão do Chão Salgado, pode ler-se o seguinte:
"AQUI FORAO AS CASAS ARAZADAS E SALGADAS DE JOZE MASCARENHAS EXAUTORADO DAS HONRAS DE DUQUE DE AVEIRO E OUTRAS E CONDEMNADO POR SENTENÇA PROFERIDA NA SUPREMA JUNTA DA INCONFIDENCIA EM 12 DE JANEIRO DE 1758 JUSTIÇADO COMO HUM DOS CHEFES DO BARBARO E EXECRANDO DESACATO QUE NA NOITE DE 3 DE SETEMBRO DE 1758 SE HAVIA COMMULADO CONTRA A REAL E SAGRADA PESSOA DE EL REI NOSSO SENHOR D. JOZE. NESTE TERRENO INFAME SENÃO PODERA EDIFICAR EM TEMPO ALGUM."
Parece que nem todos tomaram em devida conta as orientações da "real e sagrada pessoa de El Rei Nosso Senhor D. José I" pois, como é evidente, as "edificações" não pararam.
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